O cenário é de guerra. Quem comanda as operações da CIA é Edward Hoffman (Russell Crowe), um homem de meia idade, classe média e chefe de família bonachão que ainda não se acostumou à função de pai. Quem executa as operações é Roger Ferris (Leonardo DiCaprio), jovem agente americano astuto, que fala árabe e inserido no costume de alguns países do Oriente Médio.
O burocrata do escritório e o homem da ação, durante toda a trama do filme, têm visões diferentes sobre o mesmo objetivo: capturar Al-Saleem (Alon Aboutbol), líder fundamentalista de uma célula terrorista. Hoffman, apressado e arrogante, representa a crítica aos agentes americanos que não dão a mínima para o Oriente Médio. Ferris, que vive o cotidiano de assassinatos e risco de morte, é o esforço constante de mostrar que os métodos são outros.
Russel Crowe está seguro na interpretação do "homem que manda" - voz calma e movimentos corporais suaves, típicos de um personagem frio. No lado oposto, DiCaprio exagera nos trejeitos do "homem que resolve", reforçando as composições mais simplistas de um personagem policial.
Ridley Scott aposta na ação e nas conexões criadas pelo roteiro de William Monahan (Os Infiltrados). Se em seu filme anterior, O Gângster, Scott explorou o duelo particular de Frank Lucas (Denzel Washington) e Richard Roberts (Russel Crowe), tendo a corrupção como pano de fundo, em Rede de Mentiras, todos os personagens envolvidos na busca de informações que levem ao líder ocupam ora o posto de aliado, ora de inimigo, construindo uma complexa rede de dúvidas, desconfiança e deixando uma lição para a relação dos EUA com o Oriente Médio. (fonte: www.cineclick.com.br)
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