domingo, 24 de agosto de 2014

O REI DA BOCA


Nos anos 1950 e 1960, um homem franzino e de óculos, aparência de professor universitário, apavorou o centro de São Paulo. Tornou-se o mais bem sucedido traficante e cafetão da época, e vinha de uma família de classe média. Seu nome era Hiroito de Moraes Joanides, mas nada tinha de oriental. Foi batizado assim em homenagem ao imperador japonês. Embalado pelo uso de cocaína, maconha e anfetaminas, matou inimigos a bala, espancou prostitutas, vendeu proteção e também foi acusado de parricídio, o único desses crimes que negou, em sua autobiografia "Boca do Lixo". Uma "calúnia infamante", essa de ter matado o pai, escreveu no livro. As outras acusações, no entanto, foram suficientes para que sua "capivara" (apelido policialesco para a ficha criminal) se estendesse por literais 20 metros de comprimento. 
O extinto jornal "Notícias Populares", contabilizou 172 passagens por delegacias da capital e o apelidou festivamente de "O Rei da Boca". "Fomos os chamados reis do submundo, os ídolos caseiros e rasteiros da população constituída pelos desajustados sociais", conta Hiroito, com sua escrita pra lá de elegante. É essa história perdida que o diretor Flavio Frederico quis contar para as novas gerações.
Daniel de Oliveira encarna o personagem com uma notável mudança de visual. Usou uma prótese para portar orelhas de abano, um óculos fundo de garrafa e manteve o queixo bem para a frente, o que auxiliou também a mudar sua voz. Hermila Guedes e Milhem Cortaz fazem seus companheiros: ela, de cama; ele, de golpes. E há a participação preciosa de outro rei da Boca (essa, a cinematográfica): Paulo César Pereio, no papel de um delegado corrupto.

O longa estreou no Festival do Rio 2010, e ganhou prêmios em festivais de Pernambuco, Canadá e Miami, e já está disponivel na LoucaAção. 
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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

ELES DOMINARÃO O PLANETA!


Esta nova versão da série “Planeta dos Macacos” me deixa cada vez mais impressionado. 

Se no primeiro filme vimos como os macacos começam a ganhar inteligência e  se organizar, neste segundo filme eles já estão vivendo em comunidade e com suas regras.
Os macacos estão cada vez mais convincentes, com muita expressão em seus olhares, e cada um com sua personalidade.
Cezar mostra por que é o líder, e luta para manter seu posto, ao lado de sua família.
Efeitos bem produzidos, um filme bem movimentado com boa dose de tensão.
O 3D poderia ser mais bem aproveitado, mas isso não desmerece as qualidades do filme.
A gente sai do cinema querendo que venha logo o terceiro filme, não vejo a hora de vê-los como na série antiga, dominando todo o planeta.

Dez anos após a conquista da liberdade, César e os demais macacos vivem em paz na floresta próxima a San Francisco. Lá eles desenvolveram uma comunidade própria, baseada no apoio mútuo, enquanto os humanos enfrentam uma das maiores epidemias de todos os tempos, causada por um vírus criado em laboratório. Sem energia elétrica, um grupo de sobreviventes planeja invadir a floresta e reativar a usina lá instalada. Malcolm, único que conhece bem os símios, tenta agir pacificamente e impedir que o confronto aconteça.